Biodiversidade versus Desenvolvimento Urbano
Por Daniela Arbex e Gleissieli Souza
Cerca de 50% da população mundial esta vivendo nas cidades, e na América Latina esse número ultrapassa os 60%. “O Grande problema na vida da humanidade é a vida nas grandes cidades”, afirma Cecilia Martínez, que cedeu uma entrevista a este blog antes do evento, tratando sobre a preservação da biodiversidade e a vida sustentável nas grandes cidades.
Cecilia Martinez é diretora do programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Assentamentos Humanos e diretora da Oficina Regional para a América Latina e Caribe. É Doutora em Planejamento Urbano pela Oxford Brookes University, mestre em Planejamento Urbano e Design pela Edinburg University, fez Pós-Graduação em Arquitetura pela Universidade Iberoamericana, México, e na conferência palestrou sobre: “As cidades sustentáveis e a preservação das biodiversidades urbanas: uma governança pública e privada”.
O que a senhora espera dessa sua participação na conferência Internacional do ano da biodiversidade?
É importante estar aqui porque nós sempre falamos da biodiversidade, e hoje é tão importante a postura ecológica natural como a questão meio ambiental construída (artificial), pois nós estamos morando na cidade .
Qual o principal problema gerado pelo crescimento desgovernado das grandes cidades. Como se define o atual cenário da América Latina?
Esse é um dos vários problemas da América Latina no geral, o crescimento urbano desigual causado pela desigualdade econômica e social, pois geralmente os grupos mais ricos não ajudam os mais pobres, que por sua vez são os grupos mais vulneráveis em questão de mudanças climáticas. Hoje mesmo falamos muito do Haiti, um povo que está sofrendo e sofreu perigo de morte.
Com a discussão sobre a importância da adaptação das cidades, existe alguma cidade no mundo que seja exemplo em desenvolvimento sustentável?
Algumas cidades estão trabalhando nisso, não podemos dizer que uma cidade já seja totalmente sustentável, mas algumas estão mudando, é um trabalho que temos de fazer dia a dia. Eu cheguei hoje da Cidade do México, e o governo do México está trabalhando muito forte em como melhorar questões sustentáveis dentro das cidades. Não que seja a única, algumas cidades como Curitiba, aqui, que também é um exemplo de sustentabilidade e de política pública massiva, a cada dia temos que trabalhar pela cidade. Hoje estamos trabalhando com a PNUMA, um programa em relação ao meio ambiente de impacto mundial para que as cidades possam aplicar uma metodologia para medir a emissão de gases, então consideramos que isso pode ser um primeiro passo que ajude para que as cidades contribuam menos com a contaminação.
Qual o atual papel do Brasil nas discussões internacionais sobre preservação ambiental? E qual importância em recepcionar um evento como esse?
O Brasil sempre foi um país caracterizado por estar liderando em questões ecológicas, mas para o próximo Rio +20 que esta se organizando, a grande pergunta que faremos ao Brasil é como o país está conseguindo balancear a política petroleira e a questão ecológica.
Como a senhora classifica as políticas públicas brasileiras em relação ao desenvolvimento urbano e preservação ambiental?
As condições do Brasil mesmo é que a sua natureza é única no mundo, e é um país que precisa sempre estar muito presente em temáticas como a biodiversidade.
Qual a sua opinião sobre o protocolo firmado em Nagoya, última reunião sobre o tema, da ONU?
Acho os protocolos muito internacionais, e ao mesmo tempo, como tem que ter todo mundo satisfeito estão avançando pouco a pouco. Acho que os protocolos sempre são úteis porque há um pouco de pressão sobre os países, mas as políticas nacionais não são suficientes, por isso estamos trabalhando com as cidades para podermos provavelmente mudar ainda mais.
Qual a importância da biodiversidade para o ser humano?
As pessoas são parte da biodiversidade, o ser humano é a espécie mais importante dela, e se nós falarmos de melhorar a biodiversidade sem pensar no ser humano não estaríamos falando corretamente, estaríamos errados.
Cerca de 50% da população mundial esta vivendo nas cidades, e na América Latina esse número ultrapassa os 60%. “O Grande problema na vida da humanidade é a vida nas grandes cidades”, afirma Cecilia Martínez, que cedeu uma entrevista a este blog antes do evento, tratando sobre a preservação da biodiversidade e a vida sustentável nas grandes cidades.
Cecilia Martinez é diretora do programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Assentamentos Humanos e diretora da Oficina Regional para a América Latina e Caribe. É Doutora em Planejamento Urbano pela Oxford Brookes University, mestre em Planejamento Urbano e Design pela Edinburg University, fez Pós-Graduação em Arquitetura pela Universidade Iberoamericana, México, e na conferência palestrou sobre: “As cidades sustentáveis e a preservação das biodiversidades urbanas: uma governança pública e privada”.
O que a senhora espera dessa sua participação na conferência Internacional do ano da biodiversidade?
É importante estar aqui porque nós sempre falamos da biodiversidade, e hoje é tão importante a postura ecológica natural como a questão meio ambiental construída (artificial), pois nós estamos morando na cidade .
Qual o principal problema gerado pelo crescimento desgovernado das grandes cidades. Como se define o atual cenário da América Latina?
Esse é um dos vários problemas da América Latina no geral, o crescimento urbano desigual causado pela desigualdade econômica e social, pois geralmente os grupos mais ricos não ajudam os mais pobres, que por sua vez são os grupos mais vulneráveis em questão de mudanças climáticas. Hoje mesmo falamos muito do Haiti, um povo que está sofrendo e sofreu perigo de morte.
Com a discussão sobre a importância da adaptação das cidades, existe alguma cidade no mundo que seja exemplo em desenvolvimento sustentável?
Algumas cidades estão trabalhando nisso, não podemos dizer que uma cidade já seja totalmente sustentável, mas algumas estão mudando, é um trabalho que temos de fazer dia a dia. Eu cheguei hoje da Cidade do México, e o governo do México está trabalhando muito forte em como melhorar questões sustentáveis dentro das cidades. Não que seja a única, algumas cidades como Curitiba, aqui, que também é um exemplo de sustentabilidade e de política pública massiva, a cada dia temos que trabalhar pela cidade. Hoje estamos trabalhando com a PNUMA, um programa em relação ao meio ambiente de impacto mundial para que as cidades possam aplicar uma metodologia para medir a emissão de gases, então consideramos que isso pode ser um primeiro passo que ajude para que as cidades contribuam menos com a contaminação.
Qual o atual papel do Brasil nas discussões internacionais sobre preservação ambiental? E qual importância em recepcionar um evento como esse?
O Brasil sempre foi um país caracterizado por estar liderando em questões ecológicas, mas para o próximo Rio +20 que esta se organizando, a grande pergunta que faremos ao Brasil é como o país está conseguindo balancear a política petroleira e a questão ecológica.
Como a senhora classifica as políticas públicas brasileiras em relação ao desenvolvimento urbano e preservação ambiental?
As condições do Brasil mesmo é que a sua natureza é única no mundo, e é um país que precisa sempre estar muito presente em temáticas como a biodiversidade.
Qual a sua opinião sobre o protocolo firmado em Nagoya, última reunião sobre o tema, da ONU?
Acho os protocolos muito internacionais, e ao mesmo tempo, como tem que ter todo mundo satisfeito estão avançando pouco a pouco. Acho que os protocolos sempre são úteis porque há um pouco de pressão sobre os países, mas as políticas nacionais não são suficientes, por isso estamos trabalhando com as cidades para podermos provavelmente mudar ainda mais.
Qual a importância da biodiversidade para o ser humano?
As pessoas são parte da biodiversidade, o ser humano é a espécie mais importante dela, e se nós falarmos de melhorar a biodiversidade sem pensar no ser humano não estaríamos falando corretamente, estaríamos errados.
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