Pensar o Meio Ambiente e a ideia de um mundo sustentável equivale a pensar em nossa relação como o mundo que nos rodeia.
Para isso, o terreno fértil da filosofia nos oferece alguns caminhos, sobretudo pela questão da ética.
Outro dia, ao assistir ao Café Filosófico da TV Cultura, pude degustar o olhar da filósofa Viviane Mosé sobre a crise ambiental e como a educação interfere em nosso conhecimento de mundo (próximo post).
Um primeiro ponto foi a definição de ética proposta pela pensadora. Ética significa cuidar de si mesmo. Porém, ao contrário do que se possa pensar, não se trata de uma visão egocêntrica e egoísta. Ela vai muito além; cuidar de si mesmo é também cuidar do outro.
Interpretei tamanha definição pelo seguinte prisma; o "bem-estar" de um indivíduo (seja esse material, psicológico ou de qualquer outro tipo) não depende somente dele mesmo e de suas escolhas. Ele passa por uma rede de condições ambientais e dos indivíduos que o circundam. Assim, nessa rede ética que se desenha, surge a noção de não-isolamento de cada sujeito. Através disso, pode-se construir um arcabouço ético e orientar uma moral ambiental e, principalmente, social.
Tal conceito se encaixa perfeitamente no quebra-cabeça monumental que é o vislumbramento de um mundo sustentável. Toda ação tem seu peso nas engrenagens do acaso, desde o vazamento de um reservatório de lixo tóxico até o papel de bala na rua.
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